Uma organização, criatividade e assertividade ajudam os condomínios a combater os vilões do caixa, colocar as contas em dia e ainda implantar novas ações para o futuro.
As contas ainda não fecham! O que fazer?
Enquanto são tomadas as medidas em relação à inadimplência, é preciso avaliar um ponto importante: ainda que as taxas estejam em dia, por que as contas não estão fechando? Nesse momento, é hora de rever todos os gastos ordinários e contratos não ordinários que já foram assumidos e buscar a melhor maneira de quitá-los, além de adiar investimentos programados para um melhor momento. Aqui ainda deve ser levado em conta um quesito importante: a reserva do caixa serve apenas para obras ou emergências, pois imprevistos acontecem, e muito.
Se o saldo continuar negativo, o erro pode ter sido cometido já no cálculo da previsão orçamentária. Fazer a revisão costuma se tornar um drama, mas é preciso encarar essa empreitada para normalizar a situação. “As previsões orçamentárias precisam ser revistas no mínimo anualmente caso sigam os aumentos de despesas no período. Não reajustar ou não trazer o valor para o que realmente se gasta pode representar o uso de dinheiro destinado a outra finalidade, como o fundo de reserva ou de obra”, alerta o advogado Rodrigo.
Rodrigo ainda destaca a necessidade de incluir o 13º e dissídio na previsão, além de um fundo de reserva de, no mínimo, uma arrecadação. “A previsão orçamentária bem feita é essencial para que os condôminos se planejem e não existam surpresas desagradáveis no decorrer do ano. E mesmo com a previsão bem feita, podem ocorrer situações imprevisíveis, como a quebra de um cano ou a necessidade de uma indenização trabalhista”, frisa.
Rever a previsão orçamentária deu certo para Pricila e Helton, o qual viu o caixa quase zerado quando assumiu a gestão, com dificuldades inclusive para pagar os funcionários. Para reverter a situação, ele fez uma auditoria geral nos últimos balancetes e percebeu que a taxa condominial não estava pagando os custos básicos do condomínio. Além disso, muitas compras haviam sido feitas de modo parcelado e estavam consumindo a verba das contas ordinárias.
“Infelizmente existem decisões que precisam ser tomadas, então propusemos uma chamada de capital para honrar as parcelas da obra, e um aumento da taxa de condomínio de 20%”, relata o síndico, ao destacar que foi estabelecido um canal de comunicação com todos os moradores, com muita transparência sobre a situação financeira, e aqui vai uma dica muito importante, com os APLICATIVOS para Condomínios é muito mais fácil e simples, conseguir a transparência e controlar os gastos financeiros do condomínio. “Pedi e, felizmente, todos foram pacientes, pois precisaríamos de um tempo para chegar a um equilíbrio”, conta Helton, que conseguiu normalizar o quadro. E ficou a lição: compra parcelada somente com muito controle e em hipótese alguma devem ser sobrepostas.